quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hoje de manhã

Hoje eu resolvi olhar as coisas.
Olhar, mas não com os olhos, com o coração. E fazendo o mesmo caminho que faço todos os dias pra ir trabalhar, eu vi muitas coisas, que normalmente eu não vejo.
Eu vi, o orvalho da manhã nas folhas, vi a fumacinha que saía da minha boca...
Vi a neblina que cobria a praça...
Uma mulher com um neném no colo, tão enrolado que sumia dentro da manta.
Vi um cachorro. Passeando livre e feliz...
Uma mulher andando de bicicleta, e uma outra corria... sem qualquer agasalho, ela corria indiferente aos pouquíssimos graus que fazia.
Tudo me pareceu particularmente mais calmo nessa manhã. As pessoas andavam pelo calçadão, sem aquela pressa habitual. E me transmitiam paz.
Eu queria desejar-lhes bom dia a todos! No meu íntimo foi o que eu fiz...
E me senti totalmente irmã e solidária, daqueles desconhecidos. Cada um indo para sua batalha diária, que nunca abandonam.
Alguns olhavam pra mim, como se tivessem descoberto meus pensamentos.
E esboçavam até um sorriso de canto de boca...
Contiuei caminhando, e a sensação de paz me inundava.
E percebi que todas as coisas ruins que eu vejo no dia a dia, nem sempre estão ali, mas na maioria das vezes eu as vejo por que assim eu desejo ver.
Por causa do meu mau humor, do meu stress, do meu cansaço e má vontade. E agora não quero mais ver...
Só quero ver o que há de bom nas pessoas, e sentir nelas um irmão, e transmitir-lhes paz, e amor que tenho em meu coração.

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