segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A perseguição das baratas

Todo mundo sabe que eu odeio barata. Se você não sabe, eu odeio barata.
Mas eu odeio mesmo com todas as forças da minha alma, não como eu odeio funk. Eu não tenho vontade de extirpar da humanidade todos os funkeiros, tá bom talvez eu tenha sim. Mas nada se compara com o ódio nutrido por baratas.
Bichinho inútil, horrível, sujo, nojento, asqueroso.
Mas tudo bem, se essas inúteis ficassem lá no canto delas escondidinhas dentro do bueiro, vivendo aquela vidinha medíocre dentro do esgoto felizes para sempre.
Mas não. O pior de tudo é a implicância que elas tem comigo.
Chega a dar na cara! Elas me esperam na esquina.
Quando estou chegando da aula à noite, sempre tem uma, ou duas à espreita, só esperando eu virar a esquina para virem pra cima de mim! Vacas!
Mas rapidinho descobri seu o plano! Há! O que eu fiz então?
Eu subi uma rua antes! Trouxas! Fiquem aí na outra esquina me esperando até amanhã de manhã.
Mas elas também descobriram o meu. Quando estava chegando em casa, feliz e triunfante, sem ter passado por nenhum daqueles seres desprezíveis, dei de cara com uma na portaria do prédio! Entendi tudo na hora. Claro que alguma delas me viu subindo a outra rua e deu um alerta: "ela deu a volta, vamos subir".
Pior! Mandaram a bombada da turma pra me enfrentar! Não era uma barata, era um cavalo! Se não tivesse tanto nojo eu montaria nela e daria umas voltas.
Vaca!
Desci da calçada, passei pelo meio da rua, desviei do perigoso inseto, e entrei correndo no prédio. Tudo isso assistido por um motoqueiro do outro lado da rua que nem devia estar vendo o perigoso inimigo. Deve ter pensado que eu tenho TOC e não piso naquela área do chão.
Tanto trabalho pra nada! Subi a outra rua que é maior, à toa.
Agora, estou colocando em prática um plano mais simples. Eu venho andando na avenida do outro lado, e quando chego na esquina das terroristas, eu continuo andando até a metade da rua, só então eu atravesso a rua, e assim eu não viro a esquina. Eu subo a rua toda pelo meio e assim não tenho nenhuma surpresa indesejável. Ah! Que sentimento bom chegar em casa ilesa sem ter que pular, nem ver nenhuma dessas cretinas! Sinto-me em paz.
Vamos ver até que dia esse plano novo vai funcionar.

7 comentários:

Wander disse...

Você deveria ler "A paixão segundo GH" da Clarice Lispector. Tudo a ver com essa sua história de pavor de baratas.

Mônica Rodrigues disse...

Uma vez eu comecei a ler, mas parei. Depois eu tento de novo.

Leninha disse...

afinal, era barata, cavalo ou vaca? hehheh

Unknown disse...

monica monica
seus lindos e amados sobrinhos já divulgam o seu trauma, pois quando "topam" com alguma baratinha básica por aí já vão logo dizendo:

- nossa, se a tia monica estivesse aqui ela estaria gritando!!!! rs

vamos te esperar na esquina também
e com a filmadora ligada,
assim ganharemos muito dinheiro com a coreografia da barata no youtube! kkkkkkkkkkkkkkk

bjos
claudia

Mônica Rodrigues disse...

hehe os meninos se lembram bem do dia que apareceu uma barata do tipo que eu mais morro de medo, que é a barata voadora no meu quarto. Eu fui dormir no quarto da minha mãe, junto com Gabriel, Davi e minha mãe, e queria ficar com a porta fechada num calor insuportável, com medo da barata ir lá atrás de mim! kkkkkkkk
Não dormi enquanto o Diego não levantou e matou a barata...rs

Unknown disse...

Vixe...eu nem sabia que vc tinha esse medo de barata. Você é que nunca viu aquelas branconas e voadoras... e reze para não encontrar nem uma delas pela frente. Ou pelas costas, o que deve ser pior, pois não vê o que está te atacando...

Mônica Rodrigues disse...

Quem é vc aí de cima? rs
"JOrnal"?