Eu no nordeste, não lembro qual cidade, trabalhando.
- Bom dia, eu poderia falar com o responsável pela telefonia da empresa?
- Só um minuto, é o senhor Etufilio, vou chamar.
Nossa que nome é esse gente? Etufilio? Tudo bem.
- Bom dia, pois não?
- Oi seu Etufilio, tudo bem? Estou fazendo uma pesquisa de mercado o senhor poderia responder?
O senhor Etufilio disse que sim, e respondeu todas as perguntas.
- Muito obrigada seu Etufilio. O senhor poderia me informar seu nome completo?
- Wellington Filho de Jesus.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk quase chorei de rir, mas tive que fazer muito esforço pra não rir na cara dele coitado.
A atendente tinha dito "É o Wellington Filho, vou chamar". Mas no sotaque dela ficou " é o Etufilio, vou chamar" .
Depois dizem que mineiro que come as palavras. Pior de tudo foi eu ter ficado chamando ele o tempo todo de Etufilio...rs
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Mulé de bigode
Um dia tive a infeliz idéia de depilar o buço com um creme depilatório. As instruções diziam: passe o produto no local desejado, aguarde um minuto e retire com uma esponja molhada. Se restarem pelos repita a operação. Importante: Não passe o produto mais de duas vezes na mesma área.
Ta bom. Uma vez, duas vezes. Sobraram alguns pelos, vou passar mais uma vez, afinal de contas pra quê servem as instruções de alguém que estudou o produto e sabe que se você passar o produto três vezes você vai se arrepender pra sempre?
Três vezes. Caiu o pelo, mas ganhei de brinde um bigode permanente! Isso mesmo aquele troço queimou minha pele e deixou uma mancha escura de bigode e agora mesmo sem pelos eu continuo com bigode, não é ótimo? É tudo que eu sempre quis mesmo.
Lá vou eu procurar uma solução para tirar o maldito bigode de mulher portuguesa. Estava eu no Ceará trabalhando, nos dias da romaria do Padre Cícero. A cidade lota de gente e de camelôs por todos os lados. Vi um senhor vendendo uns sabonetes caseiros que pareciam de madeira, e perguntei pra que serviam.
Serve pra pano branco e pano preto, ele disse. Como assim? Pra lavar pano branco e preto? E se for de outra cor não pode? Me explicou que são doenças da pele, pano branco é mancha clara e pano preto é mancha escura. Ah... Entendi.
Moço, será que se eu passar aqui nesse meu bigode essa mancha sai?
"Sai sim, tira mesmo. Só num pode é tirar o bigode".
Como assim?
"É bonito".
kkkkkkkkkkkk Comecei a rir. "Moço o senhor ta brincando né, ta rindo do meu cabelo, ou melhor do meu bigode"
"É sério, é bonito! Os homi tem é medo, mar gosta"
Comprei o sabonetinho, que não tirou meu pano preto. Estou tentando até hoje tirar essa coisa horrorosa do meu buço.
Pelo menos já sei o que fazer se não conseguir. Me mudo pra Juazeiro do Norte onde faço sucesso com os homens. Afinal, "os homi tem é medo, mar gosta"
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
História de Um Cão
Eu tinha um cão, chamava-se Veludo
Magro, asqueroso, revoltante, imundo
Para dizer numa palavra tudo
Era o mais feio cão que houve no mundo
Recebi-o das mãos de um camarada,
Na hora da partida, o cão gemendo,
Não me queria acompanhar por nada
Enfim mal grado seu o vim trazendo
Trate-o bem. Verás como rafeiro
Te indicarás aos mais sutis perigos
Adeus. E que este amigo verdadeiro
Te console no mundo ermo de amigos
Veludo à custo habituou-se à vida
Que o destino de novo lhe escolhera
Sua meigosa pálpebra sentida
Chora o antigo dono que perdera
Nas longas noites de luar brilhante
Febril, cunvulso, trêmulo, agitado
A sua cauda caminhava errante
A luz da lua, tristemente uivando
Toussenel, Figuier e a lista imensa
Dos modernos zoológicos doutores
Dizem que o cão é um animal que pensa
Talvez tenham razão estes senhores
Lembro-me ainda, certo dia
Me vi livre daquele companheiro
Para nada Veludo me servia
Entreguei-o a mulher de um carvoeiro
E respirei. Já posso, dizia eu
Viver neste bom mundo
Sem ter que dar diariamente um osso
A um bicho vil, a um feio cão imundo
Gosto dos animais, porém, prefiro
A essa baixa raça aduladora
Um alazão inglês de sela ou tiro
Ou um gata branca e cismadora
Mau respirei, porém quando dormia
E a negra noite amortalhava tudo
Senti que a minha porta alguém batia
Fui ver quem é, abri, era Veludo
Saltou-me às mãos, lambeu-me os pés
Farejou toda a casa satisfeito
E, de cansado, foi rolar dormindo
Como uma pedra junto ao meu leito
Praguejei furioso. Era execrível
Suportar esse hospede importuno
Que me seguia como um miserável
Ladrão, ou como um pérfido gatuno
E resolvi-me enfim. Certo é custoso
Dizê-lo em voz alta e confessá-lo:
Para livrar-me desse cão leproso
Havia um meio só, era matá-lo
Zunia a aza fúnebre dos ventos
Só longe o mar na solidão gemendo
Arrebentava em uivos e lamentos
De instante a instante ia o tufão crescendo
Chamei Veludo, ele segui-me excitante
A fremente borraica me arrancava
Dos frios ombros o revolto manto
E a chuva meus cabelos fustigava
Despertei um barqueiro. Contra o vento
Contra de oriolas coléricas vagamos,
Dava-me forças o torvo pensamento
Peguei no remo e confusos remamos
Veludo à prôa olhava-me choroso
Como um cordeiro no final momento
Embora era fatal, era forçoso
Livrar-me, enfim, desse animal nojento
No longo mar, ergui-o nos braços
E arremessei-o às ondas, de repente,
Ele morreu, gemendo, os membros lassos
Lutando contra a morte era pungente!
Voltei a terra-lhas ao despir dos ombros meus o manto
Notei, ó grande dor! Haver perdido
Uma relíquia que eu prezava tanto
Era uma corrente de ouro que eu tinha muito
Contra o meu coração constantemente
No eterno abismo que devora tudo
E foi Veludo, foi esse cão imundo
A causa do meu mau. Ah! Se Veludo
Duas vidas tivera, duas vidas
Eu arrancaria àquela besta morta
E aquelas vis entranhas corrompidas
Nisto, senti uivos à minha porta
Corri, abri, era Veludo. Arfava
Estendeu-se aos meus pés e docemente
Deixou cair da boca que espumava
A medalha suspensa da corrente
Fôra crível, ó Deus! Ajoelhado
Junto ao cão, estupefado, absorto
Palpei-lhe o corpo, estava enregelado
Sacudi-o, chamei-o, estava morto.
Autor: Luis Guimarães Filho
Magro, asqueroso, revoltante, imundo
Para dizer numa palavra tudo
Era o mais feio cão que houve no mundo
Recebi-o das mãos de um camarada,
Na hora da partida, o cão gemendo,
Não me queria acompanhar por nada
Enfim mal grado seu o vim trazendo
Trate-o bem. Verás como rafeiro
Te indicarás aos mais sutis perigos
Adeus. E que este amigo verdadeiro
Te console no mundo ermo de amigos
Veludo à custo habituou-se à vida
Que o destino de novo lhe escolhera
Sua meigosa pálpebra sentida
Chora o antigo dono que perdera
Nas longas noites de luar brilhante
Febril, cunvulso, trêmulo, agitado
A sua cauda caminhava errante
A luz da lua, tristemente uivando
Toussenel, Figuier e a lista imensa
Dos modernos zoológicos doutores
Dizem que o cão é um animal que pensa
Talvez tenham razão estes senhores
Lembro-me ainda, certo dia
Me vi livre daquele companheiro
Para nada Veludo me servia
Entreguei-o a mulher de um carvoeiro
E respirei. Já posso, dizia eu
Viver neste bom mundo
Sem ter que dar diariamente um osso
A um bicho vil, a um feio cão imundo
Gosto dos animais, porém, prefiro
A essa baixa raça aduladora
Um alazão inglês de sela ou tiro
Ou um gata branca e cismadora
Mau respirei, porém quando dormia
E a negra noite amortalhava tudo
Senti que a minha porta alguém batia
Fui ver quem é, abri, era Veludo
Saltou-me às mãos, lambeu-me os pés
Farejou toda a casa satisfeito
E, de cansado, foi rolar dormindo
Como uma pedra junto ao meu leito
Praguejei furioso. Era execrível
Suportar esse hospede importuno
Que me seguia como um miserável
Ladrão, ou como um pérfido gatuno
E resolvi-me enfim. Certo é custoso
Dizê-lo em voz alta e confessá-lo:
Para livrar-me desse cão leproso
Havia um meio só, era matá-lo
Zunia a aza fúnebre dos ventos
Só longe o mar na solidão gemendo
Arrebentava em uivos e lamentos
De instante a instante ia o tufão crescendo
Chamei Veludo, ele segui-me excitante
A fremente borraica me arrancava
Dos frios ombros o revolto manto
E a chuva meus cabelos fustigava
Despertei um barqueiro. Contra o vento
Contra de oriolas coléricas vagamos,
Dava-me forças o torvo pensamento
Peguei no remo e confusos remamos
Veludo à prôa olhava-me choroso
Como um cordeiro no final momento
Embora era fatal, era forçoso
Livrar-me, enfim, desse animal nojento
No longo mar, ergui-o nos braços
E arremessei-o às ondas, de repente,
Ele morreu, gemendo, os membros lassos
Lutando contra a morte era pungente!
Voltei a terra-lhas ao despir dos ombros meus o manto
Notei, ó grande dor! Haver perdido
Uma relíquia que eu prezava tanto
Era uma corrente de ouro que eu tinha muito
Contra o meu coração constantemente
No eterno abismo que devora tudo
E foi Veludo, foi esse cão imundo
A causa do meu mau. Ah! Se Veludo
Duas vidas tivera, duas vidas
Eu arrancaria àquela besta morta
E aquelas vis entranhas corrompidas
Nisto, senti uivos à minha porta
Corri, abri, era Veludo. Arfava
Estendeu-se aos meus pés e docemente
Deixou cair da boca que espumava
A medalha suspensa da corrente
Fôra crível, ó Deus! Ajoelhado
Junto ao cão, estupefado, absorto
Palpei-lhe o corpo, estava enregelado
Sacudi-o, chamei-o, estava morto.
Autor: Luis Guimarães Filho
A perseguição das baratas
Todo mundo sabe que eu odeio barata. Se você não sabe, eu odeio barata.
Mas eu odeio mesmo com todas as forças da minha alma, não como eu odeio funk. Eu não tenho vontade de extirpar da humanidade todos os funkeiros, tá bom talvez eu tenha sim. Mas nada se compara com o ódio nutrido por baratas.
Bichinho inútil, horrível, sujo, nojento, asqueroso.
Mas tudo bem, se essas inúteis ficassem lá no canto delas escondidinhas dentro do bueiro, vivendo aquela vidinha medíocre dentro do esgoto felizes para sempre.
Mas não. O pior de tudo é a implicância que elas tem comigo.
Chega a dar na cara! Elas me esperam na esquina.
Quando estou chegando da aula à noite, sempre tem uma, ou duas à espreita, só esperando eu virar a esquina para virem pra cima de mim! Vacas!
Mas rapidinho descobri seu o plano! Há! O que eu fiz então?
Eu subi uma rua antes! Trouxas! Fiquem aí na outra esquina me esperando até amanhã de manhã.
Mas elas também descobriram o meu. Quando estava chegando em casa, feliz e triunfante, sem ter passado por nenhum daqueles seres desprezíveis, dei de cara com uma na portaria do prédio! Entendi tudo na hora. Claro que alguma delas me viu subindo a outra rua e deu um alerta: "ela deu a volta, vamos subir".
Pior! Mandaram a bombada da turma pra me enfrentar! Não era uma barata, era um cavalo! Se não tivesse tanto nojo eu montaria nela e daria umas voltas.
Vaca!
Desci da calçada, passei pelo meio da rua, desviei do perigoso inseto, e entrei correndo no prédio. Tudo isso assistido por um motoqueiro do outro lado da rua que nem devia estar vendo o perigoso inimigo. Deve ter pensado que eu tenho TOC e não piso naquela área do chão.
Tanto trabalho pra nada! Subi a outra rua que é maior, à toa.
Agora, estou colocando em prática um plano mais simples. Eu venho andando na avenida do outro lado, e quando chego na esquina das terroristas, eu continuo andando até a metade da rua, só então eu atravesso a rua, e assim eu não viro a esquina. Eu subo a rua toda pelo meio e assim não tenho nenhuma surpresa indesejável. Ah! Que sentimento bom chegar em casa ilesa sem ter que pular, nem ver nenhuma dessas cretinas! Sinto-me em paz.
Vamos ver até que dia esse plano novo vai funcionar.
Mas eu odeio mesmo com todas as forças da minha alma, não como eu odeio funk. Eu não tenho vontade de extirpar da humanidade todos os funkeiros, tá bom talvez eu tenha sim. Mas nada se compara com o ódio nutrido por baratas.
Bichinho inútil, horrível, sujo, nojento, asqueroso.
Mas tudo bem, se essas inúteis ficassem lá no canto delas escondidinhas dentro do bueiro, vivendo aquela vidinha medíocre dentro do esgoto felizes para sempre.
Mas não. O pior de tudo é a implicância que elas tem comigo.
Chega a dar na cara! Elas me esperam na esquina.
Quando estou chegando da aula à noite, sempre tem uma, ou duas à espreita, só esperando eu virar a esquina para virem pra cima de mim! Vacas!
Mas rapidinho descobri seu o plano! Há! O que eu fiz então?
Eu subi uma rua antes! Trouxas! Fiquem aí na outra esquina me esperando até amanhã de manhã.
Mas elas também descobriram o meu. Quando estava chegando em casa, feliz e triunfante, sem ter passado por nenhum daqueles seres desprezíveis, dei de cara com uma na portaria do prédio! Entendi tudo na hora. Claro que alguma delas me viu subindo a outra rua e deu um alerta: "ela deu a volta, vamos subir".
Pior! Mandaram a bombada da turma pra me enfrentar! Não era uma barata, era um cavalo! Se não tivesse tanto nojo eu montaria nela e daria umas voltas.
Vaca!
Desci da calçada, passei pelo meio da rua, desviei do perigoso inseto, e entrei correndo no prédio. Tudo isso assistido por um motoqueiro do outro lado da rua que nem devia estar vendo o perigoso inimigo. Deve ter pensado que eu tenho TOC e não piso naquela área do chão.
Tanto trabalho pra nada! Subi a outra rua que é maior, à toa.
Agora, estou colocando em prática um plano mais simples. Eu venho andando na avenida do outro lado, e quando chego na esquina das terroristas, eu continuo andando até a metade da rua, só então eu atravesso a rua, e assim eu não viro a esquina. Eu subo a rua toda pelo meio e assim não tenho nenhuma surpresa indesejável. Ah! Que sentimento bom chegar em casa ilesa sem ter que pular, nem ver nenhuma dessas cretinas! Sinto-me em paz.
Vamos ver até que dia esse plano novo vai funcionar.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
"Examinava-se e imaginava o que aconteceria se seu nariz crescesse um milímetro por dia. No fim de quanto tempo seu rosto se tornaria irreconhecível? E se cada parte de seu corpo começasse a crescer e a diminuir a ponto de fazê-la perder toda semelhança com Tereza? Seria ainda ela mesma? Existiria ainda uma Tereza?
Certamente. Mesmo supondo-se que Tereza não parecesse mais nada com Tereza, por dentro sua alma continuaria a ser a mesma, e não poderia senão observar, com pavor, o que aconteceria com seu corpo. Então qual a relação entre Tereza e seu corpo? Teria seu corpo direito de chamar-se Tereza? Se não tinha, o que significava este nome? Apenas uma coisa incorpórea, in tangível?
(São sempre as mesmas perguntas que desde a infância passam pela cabeça de Tereza. As perguntas realmente sérias são aquelas e somente aquelas que uma criança pode formular. Só as perguntas mais ingênuas são realmente perguntas sérias. São as interrogações para as quais não existe resposta. Uma pergunta sem resposta é um obstáculo que não pode ser transposto. Em outras palavras: são precisamente as perguntas para as quais não existem respostas que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência.)"
Milan Kundera ( A insustentável leveza do ser)
Certamente. Mesmo supondo-se que Tereza não parecesse mais nada com Tereza, por dentro sua alma continuaria a ser a mesma, e não poderia senão observar, com pavor, o que aconteceria com seu corpo. Então qual a relação entre Tereza e seu corpo? Teria seu corpo direito de chamar-se Tereza? Se não tinha, o que significava este nome? Apenas uma coisa incorpórea, in tangível?
(São sempre as mesmas perguntas que desde a infância passam pela cabeça de Tereza. As perguntas realmente sérias são aquelas e somente aquelas que uma criança pode formular. Só as perguntas mais ingênuas são realmente perguntas sérias. São as interrogações para as quais não existe resposta. Uma pergunta sem resposta é um obstáculo que não pode ser transposto. Em outras palavras: são precisamente as perguntas para as quais não existem respostas que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência.)"
Milan Kundera ( A insustentável leveza do ser)
"As privadas dos banheiros modernos saem do chão como a flor branca do nenúfar. O arquiteto faz o impossível para que o corpo esqueça sua miséria e para que o homem ignore o que acontece com os dejetos de suas entranhas quando a água da caixa os leva gorgolejando cano abaixo. Os canos dos esgotos, ainda que seus tentáculos cheguem até nossos apartamentos, são cuidadosamente escondidos de nossos olhares, e nada sabemos acerca dessas invisíveis Venezas de merda sobre as quais estão construídos nossos banheiros, nossos quartos de dormir, nossos salões de festa e nossos parlamentos.
(...)
Não existe nada mais miserável do que um corpo nu sentado na embocadura aberta de um cano de esgoto. Sua alma perdeu a curiosidade de espectadora, sua maledicência, seu orgulho; voltou para o fundo do corpo, para dentro das dobras mais escondidas. Esperava desesperadamente ser chamada de volta."
Milan Kundera ( A insustentável leveza do ser)
(...)
Não existe nada mais miserável do que um corpo nu sentado na embocadura aberta de um cano de esgoto. Sua alma perdeu a curiosidade de espectadora, sua maledicência, seu orgulho; voltou para o fundo do corpo, para dentro das dobras mais escondidas. Esperava desesperadamente ser chamada de volta."
Milan Kundera ( A insustentável leveza do ser)
Recomeçar
Esse texto é bem conhecido, já pode estar batido, mas traduz bem o que estou sentindo e vivendo nesse momento da minha vida.
RECOMEÇAR
Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e
necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado…
Chorou muito?
foi limpeza da alma…
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia…
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos…
Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora…
Pois é…agora é hora de reiniciar…de pensar na luz…
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal
Um corte de cabelo arrojado…diferente?
Um novo curso…ou aquele velho desejo de aprender a
pintar…desenhar…dominar o computador…
ou qualquer outra coisa…
Olha quanto desafio…quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.
Tá se sentindo sozinho?
besteira…tem tanta gente que você afastou com o
seu “período de isolamento”…
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para “chegar” perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza…
nem nós mesmos nos suportamos…
ficamos horríveis…
o mal humor vai comendo nosso fígado…
até a boca fica amarga.
Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos
desafios.
Onde você quer chegar? ir alto…sonhe alto… queira o
melhor do melhor… queira coisas boas para a vida… pensando assim
trazemos prá nós aquilo que desejamos… se pensamos pequeno…
coisas pequenas teremos…
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor…
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental…
joga fora tudo que te prende ao passado… ao mundinho
de coisas tristes…
fotos…peças de roupa, papel de bala…ingressos de
cinema, bilhetes de viagens… e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados… jogue tudo fora… mas principalmente… esvazie seu coração… fique pronto para a vida… para um novo amor… Lembre-se somos apaixonáveis… somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes… afinal de contas… Nós somos o “Amor”…
” Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura.”
Carlos Drummond de Andrade.
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